Há que enterrar os nossos palhaços, se queremos manter um ar sério... até os elefantes, antes de morrer, têm o cuidado de o fazer em sítio adequado...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
É permitido sonhar.
Hoje sonhei que estava vivo!
São coisas esquisitas, os sonhos. Tudo pode acontecer num sonho, e geralmente acontece, mas por uma qualquer razão, ou então por outra, a coisa nunca é bem assim. Pelo menos, nunca é exactamente assim, para além de obviamente não ser realmente assim.
O onírico episódio foi caracteristicamente vago. Teve o seu início num momento indeterminável, que eu situaria pelas 13:32, e terminou numa altura que só remotamente sugeria serem 15:41. O resto esbateu-se na imprecisão que o emoldurava, e lhe servia de ex-libris.
Não foi sequer um sonho muito colorido: não tinha elefantes dançarinos, tigres comedores de gente, ou acrobatas voando mortalmente de trapézio em trapézio. Pouco tinha, na realidade, e confesso que não recordo mais do que uma imagem, a de duas pessoas juntas. Lembro-me que conversavam, e gostavam de estar ali juntas, e de serem apenas uma. Só momentos depois reparei que era eu uma delas, e que estava vivo. Foi quando percebi que sonhava.
Tudo nesta vida tem um fim, excepto a salsicha, que tem dois. Também eu acordei, às 15:41, e retomei a minha morte pouco interessante, e sem funeral digno de nota. Mas ainda me lembro do sonho, e especulo se tal coisa poderia um dia acontecer na vida real. É apenas um disparate ocioso, claro, sonhos são apenas sonhos.
Sonhei que estava vivo, hoje. Quando contei a história a um colega junto à máquina de café, ele não se deu por achado e contou-me ter sonhado que era rico. Acabámos a rir-nos os dois, com o disparate que são os sonhos...
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